terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Primeira competição do ano da FJERJ

A FJERJ já marcou a próxima competição da entidade que está agendada para os dias 27 e 28 de março, com inscrições sendo feitas até o dia 15 de março. O local também já foi definido e será no CENTRO ESPORTIVO MIÉCIMO DA SILVA em Campo Grande no Rio de Janeiro. Maiores informações e formulário de inscrição é só clicar aqui.

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Luciano Corrêa é Bronze


Luciano Corrêa conquistou a terceira colocação na manhã deste domingo (21) no Grand Prix de Düsseldorf, na Alemanha. Competindo na categoria meio-pesado, Luciano venceu três oponentes e só perdeu nas semifinais para o líder do ranking da categoria. Luciano já havia conquistado uma prata no Velho Continente, na Copa do Mundo de Viena, na Áustria. Em seu período de competições na Europa, também alcançou o quinto lugar no Grand Slam de Paris.

foto: divulgação

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

A Influência Japonesa no Nosso Judô

O judô brasileiro é japonês de origem. A maior concentração da colônia oriental é em São Paulo. Não é a toa que esse estado tenha se tornado o mais forte no judô nacional.

Não foi à toa também que a primeira medalha olímpica do judô daqui tenha sobrenome japonês: Chiaki Ishii, brasileiro naturalizado que conquistou bronze nas Olimpíadas de Munique.

Foram necessárias décadas de germinação nos guetos japoneses até a modalidade conquistar espaço na agenda esportiva dos brasileiros.

Hoje, é uma das atividades esportivas mais concorridas.

Praticado em academias, clubes e escolas, o judô é muito respeitado como esporte disciplinador e ao mesmo tempo como um dos mais competitivos do mundo. Para comprovar isso estão aí os milhares de atletas inscritos nas federações estaduais e as medalhas olímpicas que o judô brasileiro já conquistou: duas de ouro, uma de prata e cinco de bronze.

O judô do Brasil tem em um brasileiro nato o seu maior nome: Aurélio Miguel, medalha de ouro nas Olimpíadas de Seul (88) e bronze nas de Atlanta (96).

Mas justamente o principal ídolo do esporte por aqui se considera mais japonês que muito japonês. Aliás, recomenda o Japão como fonte inspiradora e local ideal para treinamentos. "Antes de todas as minhas conquistas importantes sempre houve um estágio no Japão", justificou.Fato comum na história da esmagadora maioria dos atletas de todos os estados, na formação do judoca Aurélio Miguel também vai se encontrar um ‘sensei’ tipicamente japonês. No caso dele, Massao Shinohara.

O estilo refinado não consegue esconder a ‘orientalidade’ de sua origem.

Juntos, o intenso intercâmbio promovido pelas entidades que dirigem o esporte no país e o talento natural dos atletas nacionais, têm revelado sucessivas gerações de bons atletas nas competições internacionais como Lhofei Shiozawa, Ryoji Suzuki, Takayuki Nishida, Hely Sassaki, Anelson Guerra, Luís e Nelson Onmura, Walter Carmona, Douglas Vieira, Carlos Alberto Pacheco, Carlos Alberto MC Cunha, Oswaldo Simões, Ricardo e Rogério Sampaio, Edinanci Silva, Danielle Zangrando, Henrique Guimarães, Sebastian Pereira e Fúlvio Miyata entre muitos outros.

O caráter disciplinador é uma das principais particularidades do judô.Também é essa uma das grandes heranças do esporte aqui praticado.

Os mestres japoneses transmitem a seus alunos uma consciência de hierarquia e respeito que muitos pais têm dificuldades de passar aos filhos.

Durante as últimas décadas, entretanto, esse aspecto educativo do judô vem perdendo força. Os imigrantes estão desaparecendo e seus descendentes ficando cada vez mais distantes de suas origens.

Aos poucos, o judô brasileiro vai perdendo o sotaque e a tutela de ‘senseis’ como Shinohara, Oide, Onodera, Ishii, Ono, Suganuma, Miura etc. Estão cedendo seus lugares a nomes como Geraldo Bernardes, Paulo Duarte, Paulo Wanderley, Ney Wilson, Floriano de Almeida, Douglas Vieira, Sérgio Pessoa, etc.

Entretanto, serão necessárias dezenas de anos até que o judô do Brasil deixe de transparecer sua origem. Afinal, a forma que moldou as gerações que passaram continua a ser usada pelos ex-alunos, hoje na função de mestres. Além disso, sobrenomes como Ishii, Shinohara, Miyata, entre outros, seguem levando aos tatames e em verde-amarelo o judô que aprenderam no berço. Essa miscigenação se repete em outros países, mas em nenhum lugar é tão forte como no Brasil. Como no mundo de hoje globalização é a palavra de ordem, pode-se apenas esperar que ela não se traduza em breve por homogeneização do esporte.

É importante que o judô mantenha em cada região seus sabores próprios.

Texto do jornalista Moacir Ciro Martins, publicado na Revista IPPON, nº 17, JUN/JUL - 1998.Apostila sobre Judô Elaborada por Francisco Arroio

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010